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Tia Lorena e o gelo quebrado

Tia Lorena e o gelo quebrado

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Meu tio traiu tia Lorena com uma vizinha e ambos foram residir em outra cidade não muito distante da nossa. Ela ficou com os dois filhos na casa em que moravam e uma boa pensão, além de um valor na Poupança, que ele fez questão de dividir com um percentual maior para ela por causa das crianças. No fundo, era gente boa.

Um detalhe que me chamou atenção foi que a minha tia era muito mais bonita e elegante que a outra, muito mais gostosa. Então, não sei que critérios ele usou para trocar uma pela outra. Talvez a idade, tia Lorena passava dos trinta e cinco. Ou os quatorze de matrimônio, que foram marcados por muitas brigas e desacertos, com crises de ciúmes de ambas as partes.

Sobrou até para mim, porque ela era muito amorosa comigo e, a partir do momento que atingi os dezoito anos, seus abraços carinhosos passaram a causar ciúmes nele. Afinal, eu já era mocinho e meus hormônios afloravam no pênis que entumecia ao menor contato com ela. Às vezes, tinha a impressão que fazia de propósito, ou para causar ciúmes nele ou, quem sabe, para me perturbar apenas. Entretanto, quando a iniciativa era minha, ela permitia o contato sem se melindrar.

Teve uma vez que a abracei por trás e num segundo meu pênis endureceu, cutucando-a, mas ela não se afastou até corrermos o risco de nos pegarem. Não falou absolutamente nada, mas enquanto se afastava, notei um discreto sorriso de satisfação.

Lembro-me de quando o gelo da nossa relação foi quebrado, de quando ela passou a me considerar um macho adulto. Até então, apesar da intimidade crescente, eu era apenas o sobrinho querido.

Toda a família tinha ido à festa de aniversário de uma amiga em comum e pediram para ela buscar algumas travessas na casa dessa amiga. Passando por mim, perguntou-me se podia acompanhá-la, uma vez que o tio Claudio havia saído com outro amigo. Nada a ver com ciúmes, ela precisava de um acompanhante e me chamou. Dei um pulo da cadeira para segui-la, não tinha nada que mais me interessava do que estar na sua presença. Ficou melhor ainda quando, a caminho do seu carro, estacionado na rua lateral, soube que iríamos sozinhos.

Num momento em caminhava na minha frente e já próximos do carro, reparei na bunda que se destacava sem exagero e que tremulava sob o tecido. O vestido não era provocante, nem colado no corpo, mas os meus olhos encantados percebiam o volume de suas nádegas e os contornos da calcinha.

— Tia…

— Oi…

— É uma delícia olhar pra sua bunda.

— Menino! – estacou e olhou em volta preocupada que alguém pudesse ter ouvido, mas ao perceber que não, sorriu, e ralhou mesmo assim. – Cuidado!

— Mas é verdade.

Deu uma gargalhada e abriu a porta do carro.

— É mesmo? Dá vontade de me pegar?

Sem esperar a resposta, entrou e se acomodou no banco. Fiz o mesmo rapidamente. Aquela pergunta fez meu coração acelerar.

— Dá. Muita vontade. Tem jeito?

— Claro que não! Você tá louco?!

— Eu não tenho charme nenhum, né?

— Pelo contrário, se fosse pelo seu charme… Ai, ai… Você é muito fofo, muito gostosinho.

— Então…

— Então, nada! Não ponha minhoca na cabeça, por favor!

— Tá… – retruquei desanimado.

— Não tem como… – completou quase que pra si mesma.

Apesar das palavras desanimadoras, manteve o semblante sorridente e mudou de assunto.

— Ai, meu Deus, o que vamos buscar mesmo?

— A senhora falou de umas travessas.

— Ah, é mesmo. Tá vendo o que essas conversas fazem comigo?

— A senhora ficou excitada?

— Para com isso! Por favor!

— Tudo bem. Desculpa.

Virei para a janela, satisfeito, o seu comportamento fora alterado. Tive a impressão que considerou o meu pedido. O problema era o absurdo da coisa, não tinha sentido transar comigo. No entanto, fiquei imaginando que poderia acontecer na casa da nossa amiga.

De vez em quando, olhava-a analisando o seu perfil. Era encantador também. Ao perceber meu olhar insistente, sorria, encarando-me com ternura.

— Esse vestido podia ser mais curto.

— Para com isso…

— Podia mostrar os joelhos, pelo menos.

— Pra quê?

— Pra eu sonhar com o resto.

Gargalhou, nitidamente tensa.

— Para… Deixa de ser tonto.

Dava pra perceber que seu peito arfava por conta daquela conversa boba.

— Por favor… – insisti com um olhar de cachorrinho pidão.

Havíamos parado num farol. Ela me olhou carinhosa e balançou a cabeça negativamente. Na sequência, puxou a barra do vestido até um pouco acima dos joelhos, quase na metade das coxas.

— Só até aqui.

— Uau…

— Vê lá, heim? Ninguém pode saber disso.

— Claro que não.

Olhou-me daquele jeito de novo.

— Eu sei que não.

Infelizmente, não demorou muito para chegarmos.

Estacionou em frente da garagem e saiu sem pestanejar.

— Vem, a gente precisa voltar logo.

Entramos e fomos direto à cozinha, que ela conhecia bem. Logo encontrou as travessas, mas precisou se dobrar para pegá-las. Poderia ter se agachado, tenho certeza, mas ficou naquela posição por uns segundos para que eu pudesse apreciar seu traseiro mais uma vez. Apesar da minha intenção esdrúxula, tinha massageado o seu ego.

— Tia…

Levantou-se imediatamente com as travessas nas mãos trêmulas e começou a procurar alguma coisa.

— Acho que tem sacola aqui… – abriu uma porta e, de fato, encontrou uma.

Enquanto tentava pôr as peças na sacola, aproximei-me e a abracei por trás.

Deu para sentir a maciez de suas nádegas, mas ela se afastou segundos depois.

— Não, Joaquim, não faça isso. Não pode. Eu sou sua tia.

— Ah, tia…

— Eu preciso confiar em você, Joaquim. Nós estamos sozinhos aqui e eu preciso confiar em você. Então, não faça nada comigo.

Seu semblante estava tenso, o tom de voz baixo, como se implorasse. Fui um cavalheiro.

— Tudo bem, tia. Desculpa.

— Você entende, né?

— Entendo. Desculpa.

— Tudo bem. Relaxa. Está tudo bem. Só não pode acontecer nada aqui. A gente tem que voltar rapidinho.

— Eu sei. – Suspirei. — Vamos?

Sorriu, de fato tranquilizada, apesar da respiração alterada.

No carro, antes de arrancar, levantou o vestido sem que eu pedisse. Deixou-o na mesma altura de antes.

— Uau, tia…

— Gostei do seu comportamento. – Comentou para justificar a sua atitude.

— Sem querer abusar… Não dá pra ser mais generosa?

Não conteve um riso mais alto.

— Não dá. Estou sem calcinha.

Sabia que não era verdade, mas entrei na pilha.

— Jura?!

Gargalhou dessa vez.

— Tô brincando. Mas eu poderia não ter colocado nada, esse vestido disfarçaria bem. Às vezes faço isso em casa, fico sem nada por baixo.

— Ah, é? Nossa… Ela deve ser linda.

— Ela? Ah… É mesmo.

— E gostosa.

— Também.

— Tia… Uau…

— Ai, meu Deus… Vamos parar com isso!

Mas em ato contrário, respirou fundo, e me olhou carinhosa.

— Vou confiar em você, heim?

Começou a subir o vestido. A parte de cima das coxas foram surgindo para o meu deleite, mas o vestido estava preso sob suas pernas e não deu para subir muito. Bem que ela continuou tentando entre as trocas de marchas, mas o tecido sempre descia de volta.

Pra mim, o que mais excitava era a sua disposição de me agradar.

Sua respiração estava pesada e o peito subia e descia involuntariamente.

Chegamos, mas foi preciso procurar outra vaga.

Sem me dar explicações, baixou o vestido.

— Tia… Que aventura… – falei, relaxando o corpo no banco.

Ela apenas sorriu.

Assim que saímos do carro, recostei-me nele e, num gesto ousado, mostrei para ela o volume nas minhas calças.

— Preciso ficar um pouco aqui.

— Nossa! – pareceu-me de fato surpresa. — Tá bom. Até mais. Obrigado pela companhia.

— A senhora gostou da minha companhia?

— Claro que gostei. Mas vamos parar com isso. Comporte-se, tá bom?

— Pode ficar tranquila, tia.

— Tá bom. Até mais!

Afastou-se a passos lentos com a sacola na mão. Fiquei apreciando o tremular do seu traseiro com a certeza de que ela sabia qual era a direção do meu olhar.

No resto da noite um sorriso enigmático bailou em seus lábios e quando nossos olhos se encontravam, ele se ampliava, dando a entender que estava realmente de bem comigo.

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