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O prêmio para o bom colega e a travessura da Maria

O prêmio para o bom colega e a travessura da Maria

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Erasto Maia

Puta que pariu. Aquele cara era foda. Pegava todo mundo…

Lembro que eu estava todo suado, tinha trabalhado que nem um filho da puta e voltava cansado do trabalho quando ele me ligou e disse que tinha uma “mina” para mim.

-Quê!? Uma “mina”?

Falei para ele que não, mas agradeci.

Disse ainda que estava sujo, tinha bebido umas brejas, que eu queria dormir, que eu ia acordar cedo no dia seguinte e que eu não queria ficar com ninguém naquele dia. Não queria foder ninguém, pois de fodido já bastava eu, mas ele continuou insistente:

-Que merda, mano! Já falei que não estou a fim…Que porra! Eu disse a ele…

Mas aí ele veio me falar da Maria…

Ah…que doce Maria…

Porra! Maria era uma mina gostosa do caralho e bonita pra porra. Ela tinha se mudado recentemente para a nossa rua e todo mundo queria pegar ela. Até eu, que sou mais otário.

Acredita? Ele marcou uma ponta com aquele rabão gostoso, mas ela só iria ao encontro se tivesse uma companhia para a amiga dela que estava muito a fim de beijar. Na verdade, a amiga queria dar a buceta mesmo.

Puta que pariu. Ainda ele tinha que dar uma de cupido, mas é óbvio que valia à pena.

Ele ligou para os amigos, mas nada daqueles Zés ruelas responderem, até que chegou a vez de ligar pra mim…

– “Logo quem, logo eu, olha só, ó. Que sempre segurei os BO”

Mano. Quem é fechamento não deixa o outro na mão, não, pois amanhã pode ser a vez dele fazer uma para mim. Ainda mais com aquele material todo dando esse mole… 

Se for pra ela ficar com alguém que seja com alguém da nossa turma, pensei decidido, quando me lembrei dela com aquele shortinho socado no rabo que marca tudo..

Filho da Puta! Que sorte do caralho.  Amigos “é pra estas coisas”…

Eu respondi que sim, que eu iria na armação, mas adverti: Se a colega dela fosse muita feia eu não ia ficar com ela nem a pau, no máximo deixaria ela fazer uma chupeta. Eu ia enrolar até ele se ajeitar, porém, depois, eu ia largar a tranqueira pra que ela fosse mendigar um beijo de outra pessoa. E que a outra pessoa comesse pão com banha.

E lá fomos nós…

Confesso que eu estava ansioso para ver a amiga dela e rezando para que tivesse alguma coisa que justificasse a minha fincada de bandeira naquele território.

Chegamos no local indicado, procuramos e vimos as duas sentadinhas em um banco. 

Cumprimentamos a Maria e a amiga dela, quando eu passei a analisar o nipe da moça que ainda estava sentada. Claro que fiz isso, pensa que sou idiota? 

Não achei ela bonita, mas que também não era de se jogar fora. Dava até para andar de mãos dadas com ela pra comer churros na praça matriz, viajei comigo…

As duas nos viram e se levantaram para nos cumprimentar…

Mano! O que era aquilo!

Quando a amiga dela se levantou, papai…

Que corpo lindo. Que avião. Que shape definido. Que gostosa do caralho. Ela era grande, corpulenta e peituda. Só tinha o rosto feio, mas que já fora aprovado pela minha inspeção. 

A Maria, por sua vez, estava magnífica como o esperado. Delicada, cheia de curvas e perfeita. Tudo arrebitado como se tivesse sido feito por pincéis de ouro. Ai, meu pincel.

Nos cumprimentamos e fomos apresentados para a amiga.

Após os três beijinhos no rosto, fomos caminhando e conversando…

Meu amigo estava se sentindo o fodão, pois ele parecia que estava em um salto alto e não ligava para as meninas, enquanto a Maria – que era a razão de estarmos ali – só conversava comigo. Até estranhei, mas concluí que era timidez dela para com ele.

De perto e conversando com o olho no olho não é fácil ficar encarando ela não. Se é louco, cuzão! Mais alguns minutos eu me apaixonava todo por ela. Que jeitinho de falar. Uma diaba de tanto doce. Ai, minha diabete!

Em certo momento, Maria me puxa e faz uma confissão:

Escuta! Armei este esquema para que a minha amiga ficasse com o seu amigo, você me ajuda? Ele não sabe de nada, pode dar essa força pra mim? 

Puta que pariu, pensei. Podia estar de boa em casa, fui ajudar um amigo e agora as duas querem ficar com ele? Que merda, só por que estava começando a gostar da ideia de ficar com a outra moça?

Já estava pensando em falar que eu ia voltar rapidinho pra minha casa, mas ela me deu um sorriso tão lindo que eu não consegui recusar. Como alguém consegue negar o pedido de tão doce moça? Chupava ela todinha, pensei.

Falei que sim, claro, e assim fomos caminhando… e eu já puto da vida por pensar que estava segurando vela para o meu amigo. Velas!

Chegamos em um local ermo, a farsa foi revelada e o meu amigo ficou bravo. Um bravo com cara de otário, “haha”. Achei “da hora” que ele ficou elogiando a amiga dela para eu fincar, ops, ficar.  Se fudeu, otário. Toma, trouxa.

Para evitar o clima chato e o “mimimi”, sugeri que os dois deveriam conversar a sós para se entenderem e a Maria me convidou para deixar os dois por lá…

Saí de canto com a Maria e caminhando para longe foi que eu percebi a peça que a vida me pregou e a reviravolta de toda essa história.

O que aconteceu com o meu amigo? Não sei e jamais perguntei, mas adivinha quem ficou com a Maria?

E eu te digo que foi bom. Muito bom.  

Texto e Criação: Erasto Maia

Imagem: Pexels, por pixabay

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