Aconteceu com a mulher dos meus sonhos

Compartilhar em:

Quando cheguei à casa da minha tia Elisa na sexta-feira à noite para passar o fim de semana, tive uma surpresa que me deixou sem ação.

Tinha adentrado pela sala e depositado a mochila no chão, já estranhando o fato de que ela não veio me cumprimentar com um beijo no rosto como fazia sempre. Com o semblante constrangido, ficou parada ao lado da porta que havia acabado de trancar.

Usava um vestido decotado, que ia até à altura dos joelhos e que modelava o seu corpo. Parecia ainda mais bonita e tentadora que de costume. Parte dos seios opulentos exibia a pele lisa ornando com colo imaculado. Não podia estar mais deslumbrante.

Para quebrar o silêncio inusitado, procurei pelas crianças.

– Cadê as meninas?

– Estou sozinha, Beto… – falou tensa.

– Como assim, tia?!

– Elas foram pra casa dos avós.

– E a senhora ficou por minha causa? Por que não me avisou? Eu viria em outro fim de semana.

Concluí, precipitadamente, que essa era a causa da sua preocupação.

– Porque não queria estragar o seu fim de semana. Eles ligaram de última hora perguntando se podia ficar com elas, alegando que estavam com saudade. Você sabe, depois que o Rogério faleceu, ficaram sentimentais demais e a presença das meninas é um alento pra eles.

– Sim. Imagino. Coitados. E o que eles disseram sobre a senhora ficar sozinha comigo nesses dias? Não acharam estranho?

– Eles não sabem, ninguém sabe. Nem as meninas. Disse pra elas que você não vinha mais. Quer dizer, os seus pais sabem, mas não sabem que elas não estão aqui.

– Eles mandaram umas coisinhas pra elas.

– Ai, que delicadeza… Obrigada.

– E agora, tia?

Engoliu em seco.

– Agora, você fica comigo e a gente faz companhia um para o outro. Por que seria diferente? O que veio fazer aqui? Não foi para passear com a gente? Ir ao shopping, por exemplo?

– Mas teria as meninas…

– Está com medo de ficar sozinho comigo?

– Não é por mim, tia. É pela senhora.

– Por mim? Eu estou tranquila. Ninguém vai ficar sabendo. E se souberem, vão dizer o que? Que a viúva passou o fim de semana transando com o sobrinho?

Fiquei espantado com a ideia que estava passando pela cabeça dela, pensei em refutar, mas decidi levar o assunto adiante.

– Não vão pensar isso.

– Por que não?

– É o que a senhora quer?

Ela pensou um pouco.

– É o que você quer?

– E se fosse?

– É o que você quer?

– É.

Tia Elisa riu.

– Você veio pensando nisso?

– Não, claro que não, tia. A senhora que perguntou.

– Mas, e se eu topasse?

– Eu quero. – respondi de pronto.

– Então, que seja, vamos passar o fim de semana transando.

Arregalei os olhos, surpreso.

– Jura?!

Ela gargalhou.

– Brincadeirinha!

– Ah…

Ainda rindo, aproximou-se e me abraçou finalmente. Era um pouco mais baixa que eu, assim nossos corpos se encaixaram. Começamos a nos acariciar sutilmente.

– Você tem mesmo vontade de transar comigo?

– Desde sempre, tia.

– Nossa… É mesmo?

– É.

– Não me acha um pouquinho velha pra você?

– Não, tia, a senhora é bonita demais. Eu não conheço outra mais bonita.

– Obrigada… Mas estou com uns quilinhos a mais, você viu?

– Não parece…

– Mas estou.

– E eu, tia? Eu não tenho a experiência que a senhora imagina.

– Na verdade, imagino que você não tem experiência nenhuma. Quer dizer, um pouquinho. Mas isso não é problema pra mim, se você quer mesmo transar comigo, eu topo.

Levantou a cabeça para me encarar com um olhar perscrutador. Vi seus lábios entreabertos e roubei um beijo rápido. Ela não se afastou. Desconfiado, colei minha na boca na dela e a beijei com suavidade. Senti que correspondeu, então, intensifiquei o beijo.

– Beijar você sabe… Já é um bom começo.

Afastou-se me encarando cheia de carinho.

– Vá tomar um banho pra tirar a poeira da estrada, como diria os antigos, depois, a gente vai deitar. – Suspirou pensativa. – Nossa, faz tempo que não durmo com ninguém. Transar, então…

– Tá bom… Onde eu vou ficar?

– No quarto de hóspedes… Se quiser, a gente pode dormir lá.

– Não sei… Tanto faz…

– Ajeite as suas coisas lá, depois a gente vê… – aproximou-se e me deu um beijo nos lábios. – Eu estou tranquila agora… E você?

– Também, mas não esperava que isso fosse acontecer. Deu uma guinada na minha cabeça.

– Na minha também, mas se você quer, eu quero mais. Acho até que eu preciso fazer isso para recomeçar a minha vida. E sendo com você, Beto, fico mais tranquila ainda. Não gostaria de sair por aí e transar com qualquer um, sabe?

– Entendo… Espero corresponder…

– Vai, sim. Não se preocupe. Esse começo já me mostrou que decidi certo, você é muito fofo. E bonito também.

Deu-me mais um beijo.

– Você deve estar com fome, né? Vou preparar um lanche enquanto você toma banho.

– Ah, estou mesmo.

– Então, vai…

Quando voltei, a mesa estava posta. Preparei um lanche para mim e abri um refrigerante. Tia Elisa se lembrou da minha preferência por pão integral, que ela também gostava, e acabou por fazer um para ela também.

– Já decidiu onde você quer dormir comigo? – perguntou-me quando terminou de comer.

Abri um sorriso safado.

– Já entrei no seu quarto algumas vezes. Toda vez, eu olhava pra sua cama e pensava: é aqui que ela transa.

– E ficava excitado?

– Demais.

Deu uma risada.

– Então, está decidido! – levantou-se, guardou os gelados na geladeira e pôs a louça na pia. – Amanhã eu lavo…Vem… – puxou-me pelas mãos até o corredor. – Escove os dentes que vou escovar os meus também. Vou ficar te esperando no meu quarto.

– Tá bom.

Levei uns cinco minutos e fui encontrá-la. Era uma suíte, na verdade. Ela ainda estava no banheiro.

– Já estou aqui. – avisei num tom mais alto.

– Já estou indo. Nossa! Que rápido! – completou rindo.

Saiu pouco depois vestindo um roupão de tecido leve. Os seios pressionavam para se exporem. Eu ainda estava em pé. 

– Que linda, tia…

Sorrindo, veio me abraçar.

– Bem-vindo ao meu quarto, Beto…

Compartilhar em:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *